O Derby que deu o que falar: Corinthians e Palmeiras pelo Brasileirão

Anna Diedrich

10/22/20242 min read

O clássico entre Corinthians e Palmeiras pelo Brasileirão da Série A, mais conhecido por todos como “Derby”, ocorreu ontem, no dia 4 de novembro de 2024, tradicionalmente marcado por rivalidade intensa, trouxe preocupações muito além das disputas dentro de campo. Durante a partida, torcedores do Corinthians arremessaram objetos no gramado, como copo de água e até mesmo uma cabeça de porco, gerando riscos graves à segurança dos jogadores.

Como consequência desses atos, o clube mandante, no caso o Corinthians, poderá enfrentar sanções com base no artigo 213, inciso III, do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), em que prevê punições que incluem multas, e o seu § 1º ainda se refere a possibilidade de perda de mando quando de elevada a gravidade, sendo uma medida que visa desincentivar comportamentos antiesportivos e garantir a segurança nas competições. Além das penalidades, a aplicação desse artigo tem por finalidade alertar os clubes sobre sua responsabilidade na gestão das torcidas e na manutenção de um ambiente seguro para todos os envolvidos.

Ocorre que um dos incidentes que pode gerar grande risco aos atletas, foi o ato que Raphael Veiga foi protagonista, meio-campista do Palmeiras, em que bebeu um copo de água jogado ao campo, ainda que pareça um ato inofensivo, o atleta se expôs involuntariamente ao risco de ingestão de substâncias que poderiam ter sido adulteradas nesta água, ato que seria capaz até mesmo resultar em um caso de doping acidental.

Arremessar objetos em campo não é apenas uma prática antidesportiva, mas também um comportamento que pode colocar a segurança dos jogadores em sério risco. E, no presente caso, quando Raphael Veiga consumiu a água lançada pela torcida, ele correu um risco sério e pouco conhecido pelo público: a possibilidade de ingestão de uma substância que poderia impactar sua saúde ou até seu resultado em um teste antidoping.

Cabe ressaltar, que a ingestão de líquidos ou alimentos não supervisionados em campo é uma prática perigosa, pois há a possibilidade de que substâncias indesejadas estejam misturadas, seja intencionalmente ou por negligência. Isso vale até mesmo para medicamentos comuns, como analgésicos, podem conter substâncias que, dependendo da dosagem e da composição, configuram violações das normas antidoping. Caso uma dessas substâncias estivesse presente na água ingerida, Raphael Veiga poderia ter sido penalizado culposamente, colocando em risco sua carreira e sua integridade profissional.

Sendo assim, este episódio reforça a importância de protocolos de segurança mais rigorosos, tanto por parte dos clubes quanto das autoridades esportivas, para prevenir que objetos cheguem ao campo e para proteger os jogadores de exposições indesejadas a substâncias potencialmente perigosas. Além disso, é crucial que os atletas sejam orientados a não consumir alimentos e bebidas lançados ao gramado, justamente por causa dos riscos de contaminação e doping.

A emoção pelo futebol é válida e incentivada, mas deve haver limites claros para que a rivalidade não ultrapasse o bom senso e o respeito à segurança. Diante deste caso, é importante reforçar a necessidade que medidas preventivas mais eficazes sejam adotadas para que, cada vez mais, episódios semelhantes não se repitam, e que o futebol possa ser o espetáculo familiar em que prevaleça a segurança e o respeito.